6 de mai. de 2011

MDL Mecanismo de Desenvolvimento Limpo já registra mais de três mil projetos

Sob o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), empresas podem investir em projetos que reduzem as emissões de gases do efeito estufa em países em desenvolvimento e recebem em troca Reduções Certificadas de Emissões (RCEs)


Além dos três mil projetos registrados, outros 2600 estão tramitando nos diversos estágios de aprovação, afirma a ONU.

“O crescimento do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo continua constante. O número de projetos buscando validação nos três primeiros meses de 2011 foi 17% maior do que o registrado no mesmo período de 2010”, diz uma declaração da ONU divulgada nesta quinta-feira.

A ONU emitiu mais de 110 milhões de RCEs no primeiro trimestre de 2011, contra 132 milhões durante todo o ano passado. Dessa forma, analistas da Point Carbon News acreditam que um número recorde de créditos será alcançado, o que deve segurar os preços do carbono.

Parte desse aumento pode ser explicada pela recente simplificação dos procedimentos de emissão das RCEs .

A Thomson Reuters Point Carbon prevê ainda que mais de um bilhão de RCEs serão emitidas até o fim de 2012, o que significa que entre 322 a 387 milhões de RCEs devem ser entregues no ano que vem.

Os governos concordaram na Conferência do Clima (COP16) de Cancún em dezembro passado que mecanismos como o MDL são fundamentais na luta contra as mudanças climáticas.

Mas os países ainda estão incertos se devem mudar a forma do MDL após o Protocolo de Kyoto expirar em 2012.

"O Mecanismo de Desenvolvimento Limpo ainda está evoluindo e vai continuar a fazê-lo", disse a secretária executiva da UNFCCC Christiana Figueres.

"Mas a partir do conceito original até agora tem sido um sucesso além das expectativas, não só no número de projectos, mas também na sua capacidade de atrair investimentos do setor privado para melhoria da qualidade de vida das pessoas no mundo em desenvolvimento", acrescentou.

Mesmo com esses números, o MDL tem sido criticado por ser demasiado complexo. No ano passado, a sua integridade foi prejudicada quando alguns desenvolvedores de projetos foram acusados de explorar o sistema.

O esquema começou em 2005 e possui projetos em 71 países.

Reuters

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