28 de dez. de 2010

Proteção à madeira da Amazônia

A Fundação Getulio Vargas, em parceria com a Embaixada do Reino Unido, lança consulta pública ao questionário de Indicadores para a Gestão Pública da Madeira Amazônica

O Centro de Estudos em Administração Pública e Governo (GVceapg) e o Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Fundação Getúlio Vargas, co-gestores da Rede Amigos da Amazônia (RAA), em parceria com a Embaixada do Reino Unido, convidam a sociedade a participar da consulta pública ao questionário dos Indicadores para a Gestão Pública da Madeira Amazônica. A consulta estará disponível até 24 de janeiro de 2011. Os indicadores buscam diagnosticar e avaliar o estado da gestão pública da madeira, subsidiando o planejamento e direcionando o investimento público na garantia das melhores práticas e no endereçamento das lacunas existentes.

Para Malu Villela, Coordenadora da Rede de Amigos da Amazônia da FGV, é fundamental que todos participem desse processo de construção dos indicadores. “A ferramenta dos indicadores é um passo importante para nos aprofundarmos no diagnóstico dos governos com relação à gestão pública da madeira para que, conhecendo suas deficiências e potencialidades, possamos direcionar melhor os esforços em políticas públicas para a eficiência dessa gestão.”

O Brasil produz, na atividade extrativista, cerca de 14 milhões de metros cúbicos de madeira em tora por ano, dos quais 64% são consumidos no mercado interno. Pesquisas indicam que entre 43% e 80% de toda a produção tem origem ilegal. Embora não haja dados, sabe-se que o poder público consome grande quantidade de madeira amazônica em obras e mobiliário para os órgãos da administração. Assim, governos municipais e estaduais correm o risco de financiarem, com dinheiro público, o desmatamento da floresta. Espera-se, portanto, que a consulta ajude a lapidar o questionário dos indicadores e que traga maior conscientização sobre o processo de compras responsáveis de madeira e seu monitoramento, o controle do mercado de madeira amazônica, entre outros temas.

A partir de uma mudança no perfil de consumo do governo, é possível criar um movimento de legalidade e responsabilidade em toda a cadeia produtiva da madeira. O objetivo é fomentar uma nova tendência de consumo nos setores diretamente envolvidos com o poder público, exigindo dos prestadores de serviço, por exemplo, práticas responsáveis relacionadas à madeira. Posturas como essas poderão ser incorporadas ao negócio como um todo, beneficiando não apenas o poder público como comprador, mas, também, a sociedade e a Floresta Amazônica.

Fonte: FGV

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