7 de jun. de 2011

Japão afirma que cumprirá compromisso sob Quioto

O Japão ainda tentará cumprir suas metas de emissão de gases do efeito estufa sob o Protocolo de Quioto apesar do terremoto de março que estagnou o setor nuclear, um oficial sênior do governo afirmou.

O Japão, um dos quase 40 países que se comprometeu a cortar emissões até 2012 sob o Quioto, não pretende alegar ‘força maior’, um argumento que o redimiria das metas devido a eventos fora de controle, comentou o principal negociador japonês nas negociações climáticas que iniciam semana que vem na Alemanha, Akira Yamada.

O seu país também se comprometeu em fornecer US$ 15 bilhões, equivalente a metade do montante prometido por todos países desenvolvidos, em ajuda climática aos países em desenvolvimento até 2012. Apesar dos esforços de reconstrução após o tsunami e terremoto, completou Yamada, o país honrará seu compromisso.

“No momento, não estamos pensando na chamada ‘força maior’”, disse ele à Reuters, se referindo à meta japonesa de corte de 6% nas emissões em comparação com o nível de 1990 até 2012.

“Estamos colocando todos os esforços na reconstrução do nosso país então ainda é um pouco difícil julgar qual impacto este desastre terá sobre nossos esforços, entretanto, ainda estamos colocando todo ímpeto no cumprimento da redução de 6%”, enfatizou.

Até agora Tóquio estava no caminho certo para alcançar a meta, levando em conta o seu desempenho em 2008 e 2009, comentou Yamada.

Atualmente, o Japão está operando apenas 19 dos 54 reatores ativos antes da crise levantada pelo derretimento e liberação de radioatividade da usina de Fukushima devido ao terremoto de março, o que aumenta a demanda por gás natural.

O efeito líquido sobre as emissões de carbono ainda é incerto já que várias usinas a carvão, a fonte de energia que mais emite CO2, também estão ainda desativadas. A troca por gás natural reduziria as emissões liquidas.

Fonte: Reuters

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