15 de fev. de 2011

Obama tenta proteger tecnologia limpa de grandes cortes orçamentários

O presidente Barack Obama irá divulgar nesta segunda-feira as alternativas para tentar resolver o déficit orçamentário de US$1,1 trilhão do governo americano nos próximos dez anos.

Obama e os republicanos brigam para definir de quanto será o corte nos projetos de baixa emissão de carbono e de energias renováveis.

De acordo com diversos relatórios do governo, os orçamentos para programas de energia limpa vão permanecer protegidos de grandes cortes, recebendo mais de US$8 bilhões no próximo ano.

Esses orçamentos vão financiar, por exemplo, incentivos de US $7,5 mil para motoristas que comprarem carros elétricos, ou tecnologias para alcançar a meta de tornar edifícios comerciais 20% mais eficientes até 2020.

Ainda assim, projetos de energia limpa não sairão ilesos, e o secretário de energia Steven Chu admitiu que fundos para projetos de pesquisa com hidrogênio, por exemplo, sofrerão cortes de US$70 milhões.

“Responsabilidade fiscal exige sacrifício de vários setores – o que significa que teremos que cortar programas que seriam financiados em situações melhores”. Chu acrescentou que o Escritório de Energia Fóssil terá uma redução orçamentária de 45%, ou US$418 milhões.

No dia 11 de fevereiro, republicanos apresentaram um projeto de lei que pretende cortar muitos dos programas do governo de baixa emissão de carbono e bloquear fundos para a Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês). Segundo o projeto de lei, o corte nas verbas da EPA seria de 29% ou US$3 bilhões.

Democratas e grupos ambientais criticaram o projeto republicano, afirmando que é “irresponsável e negligente” e que prejudicaria a economia de baixas emissões de carbono, enquanto protegeria o financiamento da indústria de combustíveis fósseis.

Erich Pica, presidente da ONG Friends of the Earth (Amigos do Planeta), afirmou que o projeto é inescrupuloso, e “colocaria em risco a saúde de milhões de norte-americanos através do corte de fundos necessários para garantir água potável e ar limpo.

O projeto também se utiliza de recursos para impedir que a EPA e outras agências protejam os norte-americanos do aquecimento global”, alerta.

Business Green

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