5 de jun. de 2010

Recuperação de ecossistemas pode gerar empregos e combater pobreza

Um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, revela que a recuperação de ecossistemas perdidos e danificados pode gerar retornos milionários, criar empregos e combater a pobreza. Divulgado às vésperas do Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no sábado, 5 de junho, o documento cita a restauração de fluxos de água de rios e lagos, a melhoria da estabilidade do solo e da fertilidade agrícola e o combate às mudanças climáticas pela armazenagem de carbono da atmosfera.

Ecossistemas Intactos

A prioridade, segundo o estudo do Pnuma, é manter e gerir ecossistemas intactos. Mas como 60% deles estão comprometidos, incluindo recifes de corais, pântanos, florestas tropicais e solos, a agência da ONU sugere a mesma importância à restauração.

Segundo o Pnuma, evidências mostram que programas bem planejados, baseados na ciência e com apoio das comunidades, podem recuperar entre 25% e 44% do sistema original, junto com plantas, animais e outras biodiversidades.

O estudo menciona o 'Projeto Água Limpa', co-lançado pela Embaixadora da Boa Vontade do Pnuma, a modelo brasileira Gisele Bündchen, e pelo pai dela, em 2008, na cidade gaúcha de Horizontina.

Vegetação

A iniciativa tem o objetivo de restaurar o abastecimento de água, além de estimular a biodiversidade através da recuperação de florestas e de reabilitar as margens de rios e a vegetação.

De acordo com o relatório do Pnuma, 75% do abastecimento global de água vem de florestas e muitas cidades, incluindo Rio de Janeiro, Nova York e Tóquio, dependem de áreas protegidas para o fornecimento de água potável à população.

Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York

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