13 de jun. de 2010

Novo texto da ONU sobre clima é criticado ao final de reunião

Países ricos e pobres criticaram na sexta-feira um novo projeto para um tratado da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima ao final de duas semanas de conversações entre 185 países que terminaram sem grandes avanços para um acordo.

O esboço, destinado a ajudar nas negociações sobre um novo pacto, cortou algumas das opções mais draconianas com relação aos gases-estufa e todas as referências a "Copenhague" --onde uma cúpula da ONU em dezembro por pouco não aprovou um tratado.

"O grupo está consternado com o fato de que o texto está desequilibrado," disseram os países em desenvolvimento do Grupo dos 77 e a China em um comunicado. Vários deles afirmaram que o texto de 22 páginas coloca ênfase incorretamente nos cortes de gases-estufa pelos pobres, e não pelos ricos.

Entre os países ricos, os EUA afirmaram que estudariam o texto, mas que alguns elementos eram "inaceitáveis." A União Europeia também expressou "preocupação" com o texto, que atualiza o esboço anterior de 42 páginas rejeitado na semana passada.
O novo documento estabelece como objetivo o corte das emissões mundiais de gases-estufa em "ao menos entre 50 e 85 por cento dos níveis de 1990 até 2050" e que os países desenvolvidos reduzam as emissões em ao menos 80-95 por cento a partir dos níveis de 1990 até meados do século.

Ele deixa de lado as opções mais radicais, algumas defendidas pela Bolívia, para um corte de ao menos 95 por cento nas emissões mundiais até 2050 como parte do esforço para reduzir a ocorrência de secas, enchentes, disseminação de doenças e a elevação do nível dos oceanos.
Margaret Mukahanana-Sangarwe, do Zimbábue, que preside as conversações da ONU sobre as ações de todos os países para diminuir o aquecimento global, afirmou que o texto seria atualizado para uma próxima reunião em Bonn, na Alemanha, em agosto.

Bonn, Alemanha(Reuters)

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